" o vento morria de tédio
porque apenas gostava de cantar
mas não tinha letra alguma para a sua própria voz,
cada vez mais vazia...
tentei então compor-lhe uma canção
tão comprida como a minha vida
e com aventuras espantosas que eu inventava de súbito,
como aquela em que menina eu fui roubada pelos ciganos
e fiquei vagando sem pátria, sem família,
sem nada neste vasto mundo...
mas o vento, por isso
me julga agora como ele...
e me dedica um amor solitário e profundo!"