" o vento morria de tédio
porque apenas gostava de cantar
mas não tinha letra alguma para a sua própria voz,
cada vez mais vazia...
tentei então compor-lhe uma canção
tão comprida como a minha vida
e com aventuras espantosas que eu inventava de súbito,
como aquela em que menina eu fui roubada pelos ciganos
e fiquei vagando sem pátria, sem família,
sem nada neste vasto mundo...
mas o vento, por isso
me julga agora como ele...
e me dedica um amor solitário e profundo!"
Um comentário:
De tudo ficaram três coisas:
A certeza de estar sempre começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar...
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!
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